HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
Atividade Discursiva
AVA 2017/2
Homem, cultura e
sociedade
Globalização.
Desde os primórdios até hoje
em dia, o homem sente a necessidade de viver em sociedade e de se manter, de
alguma forma, conectados com seus pares. Sempre criou vínculos com outras
culturas e buscou se relacionar com povos distantes, tanto socialmente,
culturalmente bem como economicamente.
De modo que, a ideia de
Globalização não é nova nem tampouco privilégio da sociedade moderna.
Não obstante, a Globalização
tal como acontece em nossos dias, ganha contornos exclusivos de nossa época e
por isso é preciso compreende-la em acordo com a contemporaneidade.
A partir do nascimento com
vida, o indivíduo entra em uma relação pactual com o Estado, é o que conhecemos
como pacto social. Tal relação delega ao Estado o direito de resolver litígios
por exemplo, entre outras obrigações, e em contrapartida o cidadão fica com a
responsabilidade de seguir as normas sociais de conduta.
Ocorre que, com o processo de
Globalização cada vez mais acelerado e com encurtamento de distâncias por meio
de tecnologias avançadas, o Estado tem meio que perdido um pouco a sua
identidade de origem e passado a se submeter a inúmeras tratativas de
organismos internacionais. Quando estamos falando da adoção de leis por
exemplo, isto se dá por meio da ratificação de tratados internacionais.
Agora vejam só, não é apenas
da adoção de leis internacionais que estamos falando, veja que o Brasil por
exemplo adota o modelo econômico do neoliberalismo onde empresas de toda parte
do mundo podem produzir em nosso território. É o capitalismo mundial se
sustentando com mão de obra barata, a qual podemos chamar de uma espécie de
escravidão análoga, pois o capitalismo verdadeiramente não torna real aquilo que
prega. Ora, como falar em livre iniciativa se o que na prática ocorre é os
detentores do capital cada vez mais abastados com seus poderes e meios de
produção, enquanto os pobres cada vez mais pobres e tendo como único meio de
sobrevivência a venda de sua força de trabalho por meio da subordinação
patronal?
A Globalização afeta também a
cultura de um país, novamente falando de Brasil temos uma variedade cultural
enorme. No que desrespeito à sua população miscigenada, podemos citar o exemplo
da cultura capixaba que é fortemente influenciada pela cultura Italiana, e
esses dois povos embora geograficamente distantes possui íntimas relações, na
verdade algumas cidades capixabas foram colonizadas por italianos e ali
desenvolvem sua cultura, seu modo de viver e as transmite de geração em
geração. Uma representatividade dessa relação é a obra de dois obeliscos que
sobem se aproximando um do outro até quase se tocarem, simbolizando a distância
geográfica na base do obelisco e a proximidade cultural simbolizada pelo seu
topo. Tal monumento foi construído na capital Vitória/ES em uma praça chamada
“Praça da Itália”.
*Um obelisco significa a cultura Capixaba e o outro a cultura Italiana. Sua base a distância geográfica e seu topo a proximidade das relações entre os dois povos.
Outro exemplo, esse tratado no
livro didático¹, no que desrespeito a relacionar as culturas entre povos, é a
exibição de telenovelas brasileiras em outros países, algo inclusive capaz de
mudar os costumes de um determinado povo.
Esta última possibilidade se
torna concreta por causa do avanço tecnológico, algo que encurta ainda mais a
distância entre os povos. Infelizmente, porém, todo esse aparato tecnológico
não é privilégio de todos, o que nos leva a perceber que a Globalização é um
processo antagônico, assim como na economia, os aspectos culturais, sociais e
tecnológicos não são divididos de forma igualitária, exemplo disso é o acesso a
informação e a educação que muito embora os registros oficiais apontam para uma
melhoria, ainda assim não são privilégio de todos.
Nessa linha de pensamento
nota-se que a Globalização não consegue atingir o objetivo de humanizar a
comunidade global, ela até serve a muitos propósitos, porém o principal deles é
esquecido.
A globalização carrega consigo
o poder de encurtar distâncias geográficas, relacionar culturas e povos
distintos, porém em nada contribui para uma divisão justa e verdadeiramente
humanitária, (embora existam muitos movimentos internacionais ditos
humanitários) é como canta uma conhecida banda de Reggae chamada Tribo de Jah:
[...]”Globalização é uma
falsa noção do que seria a integração com todo o respeito a integridade e a
dignidade de cada nação é o infeliz do
grande capital o poder da grana internacional que faz de cada país apenas
mais um seu quintal é o poder do dinheiro movendo o mundo inteiro e agora ricos
cada vez mais ricos e metidos
pobres cada vez mais pobres e falidos”[...] {Grifei}
pobres cada vez mais pobres e falidos”[...] {Grifei}
(Trecho textualizado da música Globalização – o
delírio do dragão. Disponível no site oficial da banda: http://tribodejahoficial.com.br/albuns/reggae-na-estrada/)
Linhares, 29 de outubro de 2017
Por
Sidney R. Andrade
Bacharelando em direito
¹O livro a que faço referência é o livro didático utilizado pela faculdade Pitágoras - Linhares/ES, na disciplina Homem, cultura e sociedade 2017/2
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